Um pouco da nossa história...
“A Igreja Metodista Wesleyana foi fundada no dia 05 de janeiro de 1967
em Nova Friburgo, Rio de Janeiro. Esta igreja é fruto do que é chamado
por seus seguidores de avivamento espiritual. Na década de 60 alguns
pastores foram afastados da Igreja Metodista por assumir uma postura
diferente, por isso decidiram se unir e formar a Igreja Metodista
Wesleyana, que tem vida própria. Os fundadores da Igreja Wesleyana foram
os pastores: Waldemar Gomes de Figueiredo, Gessé Teixeira de Carvalho,
Francisco Teodoro Batista, Idelmício Cabral dos Santos e José Moreira da
Silva. Atualmente com 700 mil membros, a Igreja Metodista Wesleyana tem
400 igrejas em todo Brasil.
John Wesley, o jovem que transformou uma nação, e deu origem ao movimento metodista.
John Wesley nasceu em 1703 e sua infância foi fortemente influenciada
por sua mãe, uma mulher rígida e piedosa. Seu pai era um homem difícil
de se agradar. Sua mãe acreditava que os desejos das crianças deviam ser
subjugados e que eles deveriam ser disciplinados quando não se
comportassem. John era o décimo quarto filho. Ele teria morrido em um
incêndio em Epworth Rectory se não tivesse sido arrancado das chamas por
um vizinho. Na época tinha sete anos e depois disso sua mãe o lembrou
várias vezes que ele era “um tição colhido do fogo”. Mais tarde ele teve
a certeza de que tinha sido poupado por um propósito, servir a Deus.
Samuel, o pai de John, era um erudito, que por muitos anos trabalhou em
uma obra monumental sobre o livro de Jó. Um pregador severo, para não
dizer implacável, uma vez exigiu que uma adúltera andasse nas ruas em
sua vergonha. Ele também forçou o casamento de uma de suas filhas depois
que ela tentou fugir com um homem que não era o escolhido de seu pai.
Com seu pai e sua mãe, John Wesley desenvolveu excelentes hábitos de
estudo e também se acostumou com o sofrimento físico. John Wesley foi
para Charterhouse School em 1714, para Christ Church College, em 1720, e
em 1726 foi eleito membro na Lincoln College em Oxford. Depois de ser
pastor auxiliar em Wroote, Lincolnshire, de 1727 a 1729, ele voltou à
Oxford não apenas para continuar seus estudos, mas também para começar a
viver uma vida mais devota e santa. Muitos outros jovens brilhantes
tinham um curriculum como o de Wesley, mas poucos tinham a sua
dedicação. Ele dominava pelo menos sete idiomas e desenvolveu uma visão
verdadeiramente abrangente em todas as áreas da investigação. Quando ele
voltou de Wroote para Oxford, ele assumiu a liderança de um grupo
chamado Holy Club (Clube Santo), iniciado por seu irmão Charles. Lá era
onde eles reforçavam a fé através do estudo das Escrituras e buscavam a
santidade na vida de cada membro. O Clube Santo fazia muito mais do que
refletir e orar. Eles iam às prisões levar a palavra de salvação aos
prisioneiros. Embora eles fossem ridicularizados por seus companheiros
de Oxford, de seu grupo de uma classe social mais baixa saíram homens
que se tornaram importantes para aquele tempo, particularmente os irmãos
Wesley, além de George Whitefield. O modo de vida de John Wesley exigia
jejuns periódicos, encontros regulares para estudo e autoavaliação
pessoal. Somente muito tempo depois foi que ele percebeu que seu grupo
seguia mais a letra do que o espírito do cristianismo. Em 1735 grandes
mudanças atingiram John e Charles Wesley. O seu pai morreu e ambos foram
para a colônia da Georgia, nos Estados Unidos, com a bênção e
encorajamento de sua mãe. Lá foi uma prova para John, que entendeu que
realmente não gostava muito dos índios e sua rigidez não era muito
apreciada pelas pessoas da Georgia. Mas importante que isto, foi o
contato de John na sua viagem com um pequeno grupo de morávios. Estes
homens e mulheres destemidamente cantavam hinos durante terríveis
tempestades no mar, ao mesmo tempo em que o próprio Charles se
desesperava. Isso o fez querer conhecer mais sobre a fé que eles
demonstravam ter. Em 1737 ele retornou à Inglaterra. Devemos apreciar a
humildade de John Wesley, pois ele podia ser crítico o bastante consigo
mesmo para parar suas atividades religiosas naquele momento e pensar que
era um ministro experiente demais para examinar sua falta de fé. Peter
Boehler, um morávio, deu-lhe a chave – pregar a fé até que ele a
tivesse, e então ele pregava a fé. John Wesley lutou com sua falta de fé
até 24 de maio, uma quarta-feira, em 1738, no famoso encontro de
Aldersgate, foi quando ele teve uma conversão, uma profunda e
inconfundível experiência de fé. Seu “coração foi estranhamente
aquecido”. Então seu verdadeiro trabalho começou. Como tinha uma mente
brilhante e aberta, John Wesley ainda conseguia retirar os melhores
recursos das melhores mentes do seu tempo. William Law, por exemplo, foi
seu professor, amigo e mentor por vários anos; mas Wesley achou que um
ingrediente importante estava faltando no programa de Law para uma vida
devota. Os discípulos de Platão conseguiram comunicar a Wesley uma
estrutura intelectual que era mais espiritual do que material, mas os
hábitos mentais de Wesley estavam moldados mais pelo modelo de análise
de Newton do que pelo platonismo. Os morávios eram o mais perto de uma
síntese de todos os elementos que ele desejava e pôde encontrar. Ele até
mesmo visitou Herrnhut para saber como sua comunidade trabalhava. Mas
algo estava faltando lá, como em todo lugar, e em 1740, ele e seus
seguidores romperam com os morávios, mas não antes que ele tivesse
aprendido a pregar sermões ao ar livre, o que veio a ser mais tarde uma
parte essencial de seu ministério. John Wesley tinha 37 anos de idade
quando começou a viajar e pregar. Ele frequentemente exagerava o número
daqueles que vinham ouvi-lo. Muitas vezes, as mesmas pessoas que
precisaram de sua ajuda eram as mesmas que mais o perseguiam. Ele
pregava em púlpitos até que eles fossem fechados para ele, e ele então
pregava nos campos abertos. Ele pregava três vezes por dia, começando às
5 da manhã, uma vez que os trabalhadores poderiam parar para ouvi-lo
enquanto andavam para o trabalho. Algumas vezes ele andava 60 milhas
(mais de 90 quilômetros) por dia a cavalo. As condições do tempo não
importavam; ele fazia seu programa e o cumpria, não importavam as
dificuldades. Ele fugia de uma multidão zangada pulando num lago gelado,
nadava para fora dele e continuava a pregar novamente. E tinha uma
certa habilidade de trazer as pessoas hostis para o seu lado. Em 1741
foi para Gales do Sul, para o norte da Inglaterra em 1742, Irlanda em
1747, e Escócia em 1751. No total, foi à Irlanda quarenta e duas vezes e
à Escócia vinte e duas vezes. Ele retornou à algumas cidades várias
vezes. Houve ocasiões em que ele retornava anos depois de sua última
visita e registrava que a pequena sociedade que ele ajudara ainda estava
intacta e fiel. Ele examinava cada membro de cada sociedade
pessoalmente para buscar crescimento espiritual e de fé. As sociedades
então formadas proviam a organização local para seu movimento. O que
Wesley pregava? Santidade, honestidade, salvação, boas relações
familiares, vários outros temas, mas acima de tudo a fé em Cristo. Ele
não pedia aos seus ouvintes para deixarem suas igrejas, mas para
continuarem indo nelas. Ele lhes deu o refrigerio espiritual que eles
não achavam. Quando suas décadas de provação produziram décadas de
triunfo, as multidões aumentaram. Ricos e pobres vinham para ouvi-lo
falar. Ele desenvolveu redes de assistentes leigos. Suas exortações para
viver perfeitamente em amor hoje parecem duras, mas considere os
efeitos em suas congregações. Os xingamentos nas fábricas pararam, os
homens e as mulheres começaram a se preocupar com vestimentas limpas e
simples, extravagâncias como chá caro e vícios como o gim foram deixados
por seus seguidores, vizinhos deram um ao outro ajuda mútua através das
sociedades. Wesley ensinou tanto pelo exemplo como pelos seus sermões.
Ele publicou muitos de seus textos para serem usados em devocionais e
direcionou o lucro para projetos, como um local de ajuda para os pobres.
Sua vida pessoal estava além de reprovação. Ele traduziu hinos,
interpretou as Escrituras, escreveu centenas de cartas, disciplinou
centenas de homens e mulheres e manteve em seus diários um registro da
energia investida, que dificilmente tem um rival na história ocidental.
Sua maneira de falar na linguagem do homem comum teve um impacto
imensurável no surgimento do inglês moderno, assim como os hinos de
Charles Wesley tiveram um grande impacto na música com suas muitas
canções sem mencionar a poesia da subsequente era Romântica. Mas o
impacto dos Wesley nas classes mais baixas foi além de afetar seus
hábitos de vida e modo de falar. John Wesley proveu uma estrutura
religiosa que era local e pessoal, bem como fortemente moral. Sua
teologia não tirava a liberdade e o direito de ninguém, pois qualquer um
podia achar a graça de Deus para resistir ao diabo e ser salvo, se tão
somente buscasse e recebesse. As sociedades que ele formou preservaram
em seus estudos o foco na fé – uma fé que também levou a uma maneira de
lidar com a realidade da vida das classes mais pobres. A religião não
era só para os ricos, mas Wesley também não estava pregando uma revolta
contra o anglicanismo. O anglicanismo de John Wesley era muito forte,
embora os púlpitos anglicanos tornassem-se totalmente fechados para ele.
Só quando tinha oitenta e um anos ele permitiu uma pequena divisão
entre seus seguidores e a igreja nacional. Tendo já enviado muitos
homens à América, em 1784 ele ordenou mais pessoas para este esforço
missionário e, porque “ordenação é separação”, efetivamente começou uma
nova igreja. O conservadorismo dele era tanto político como religioso.
Ele publicou uma carta aberta às colônias americanas, aconselhando-as a
permanecerem leais à Grã-Bretanha, logo antes da Revolução Americana.
Ele não tolerava nenhuma conversa sobre agitação civil na Inglaterra.
Muito se tem discutido acerca de que outras forças estavam trabalhando
na Inglaterra além de Wesley e uns outros poucos pregadores. Por
exemplo, a Revolução Industrial que estava vindo progrediu mais rápido
na Inglaterra do que em qualquer outro lugar, dando aos homens novos
tipos de trabalho; a justiça do Sistema de Paz e o sistema de governo
com um Primeiro-ministro eram únicos na sua forma e deram muito mais
poder do que era possível em qualquer outro lugar à classe média local e
os grandes problemas que poderiam de outra forma causar revolução,
simplesmente não estavam presentes na Inglaterra depois de 1750. Ainda
assim sem Wesley e seus seguidores como poderia o ateísmo, tal como
existia entre os camponeses franceses, ser evitado e como poderia uma
classe inferior oprimida e dominada pelos vícios, ter esperança? John
Wesley morreu em 2 de março de 1791, cerca de três anos depois que seu
irmão Charles morreu. Até seus últimos anos, ele colocou a mesma frase
de abertura em seu diário, como fazia a cada ano no seu aniversário,
agradecendo a Deus por sua longa vida e sua contínua boa saúde,
afirmando que sermões pregados de manhã logo cedo e muita atividade ao
ar livre o mantiveram em forma para a obra de Deus. Desde o momento em
que ele tornou-se livre de influências, exceto a de Deus, ele teve
cinquenta anos de serviço constante e fez um bem imensurável à
Inglaterra através da perseverança, resistência e fé. Seu legado não se
limitou ao seu século ou país, mas sobrevive até hoje na fé de milhões
em várias igrejas ao redor do mundo. A seguinte frase foi escrita em seu
diário em 28 de junho de 1774: Sendo hoje meu aniversário, o primeiro
dia do septuagésimo segundo ano, eu estava pensando como posso ter a
mesma força que tinha trinta anos atrás? Que a minha visão esteja
consideravelmente melhor agora e meus nervos mais firmes do que eram
antes? Que eu não tenha nenhuma enfermidade da velhice, e não tenha mais
aquelas que tive na juventude? A grande causa é, o bom prazer de Deus,
que faz o que lhe agrada. Os meios principais são: meu constante
levantar às quatro da madrugada, por cerca de cinquenta
anos; o fato de
geralmente pregar às cinco da manhã, um dos exercícios mais saudáveis do
mundo; o fato de que nunca viajo menos, por mar ou terra, do que 4500
milhas (mais de 6.750 km) por ano.
Retirado de: http://wesleyanabetim1.blogspot.com.br
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